Como nasceu a nossa Expedição

Lilian e Eduardo, David, Extremo Norte do Panamá - Yellowfin Tuna

Nossa primeira Expedição surgiu de um sonho que eu particularmente venho nutrindo por mais de dez anos, desde que comecei a dar meus primeiros mergulhos em apnéia e a fazer minhas primeiras viagens pelo Brasil. Durante esse tempo eu acompanhei programas de pesca amadora, programas de viagem, li diversos artigos, acompanhei noticiários e informes meteorológicos e conversei com muitos pescadores e aventureiros sobre os melhores destinos do Brasil para a prática do mergulho e da Pesca Subaquática.
Eu sempre quis ter aquele gostinho de estar onde poucos estiveram e com a Pesca Subaquática, incorporei a vontade de pescar e mergulhar onde ninguém jamais mergulhou.
Foi com esse espírito que, depois de reunir as condições mínimas, tais como os recursos finaceiros, uma Pick Up 4x4 e uma companheiraça, como eu costumo chamar a Lilian, partimos dia 04 de julho de 2009 de Andradina, interior de São Paulo, para nossa Expedição Brasil Cristalino. Viaje conosco e acompanhe essa aventura que pra nós já é de longe a mais fantástica de nossas vidas. Esperamos poder contagiá-lo (la) com o vírus da aventura e da descoberta.

Nossos Roteiros

NOSSOS ROTEIROS

A EXPEDIÇÃO BRASIL CRISTALINO (04.07.2009 a 07.07.2010) passou pelas seguintes localidades:

Interior: Andradina-SP, Caçú-GO, Paranaiguara-GO, Chaveslândia-MG, Minaçu-GO, Brejinho de Nazaré-TO, Jalapão-TO, Palmas-TO, Alta Floresta-MT, Santarém-PA, Oriximiná-PA, Faro-PA, Nhamundá-AM, Altamira-PA, Tucuruí-PA, Belém-PA.

Litoral: Salinópolis-PA, Tutóia-MA, Turiaçú-MA, São Luis-MA, Jericoacoara-CE, Fortaleza-CE, Nova Jaguaribara-CE, Lagoinha-CE, Morro Branco-CE, Galinhos-RN, São Miguel do Gostoso-RN, Touros-RN, Muriu-RN, Tibau do Sul-RN, João Pessoa-PB, Itamaracá-PE, Recife-PE, Fernando de Noronha-PE, Tamandaré-PE, São Miguel dos Milagres-AL, Dunas de Marapé-AL, pulamos Sergipe, Praia do Forte-BA, Morro de São Paulo-BA, Barra Grande-BA, Itacaré-BA, Trancoso-BA, Ponta do Corumbau-Prado-BA, Praia da Paixão-Prado-BA, Nova Viçosa-Abrolhos-BA, Itaúnas-ES, Barra Nova-ES, Vila Velha-ES, Búzios-RJ, Rio de Janeiro-RJ, Ilha Bela-SP, Cananéia-SP.

A EXPEDIÇÃO BRASIL CRISTALINO - MERCOSUL (21.07.2010 a 10.09.2010), idealizada pela Lilian e motivada pelo nosso desejo comum de conhecer neve de perto, passou pelos seguintes lugares:

Andradina-SP, Maringá-PR, Foz do Iguaçú-PR, Lages-SC, Novo Hamburgo-RS, Rio Grande-RS, Punta Del Leste-UR, Montevideo-UR, Colonia-UR, Buenos Aires-AR, Santa Rosa-AR, Neuquen-AR, Bariloche-AR, Puerto Montt-CH, Santiago-CH, Portillo-CH, Mendoza-AR, Ita Ibaté-AR, Puerto Iguazú-AR, Dourados-MS, Nova Andradina-MS e Andradina-SP.

Nossa atual aventura, a EXPEDIÇÃO BRASIL CRISTALINO - DOIS OCEANOS (30.11.2010 até hoje), nascida da nossa experiência pela costa brasileira e da vontade enorme de conhecer o Mar do Caribe e o Oceano Pacífico, começou rasgando as estradas de terra do Pantanal, tendo passado por Bonito-MS, Corumbá-MS, Santa Cruz de La Sierra-Bolívia, Cochabamba-Bolívia, La Paz-Bolívia, Desaguadero-Perú, Puno-Perú, Juliaca-Perú, Camana-Perú, Paracas-Perú, Mancora-Perú, Guayaquil-Ecuador, Puerto Lopez-Ecuador, Pedernales-Ecuador, San Lorenzo-Ecuador e Tulcan-Ecuador, Popayan-Colombia, Medellin-Colombia, Monteria-Colombia e Cartagena-Colombia, San Blas-Panamá, Colon-Panamá, Cidade do Panamá-Panamá, Quebrada de Piedra (Tolé)-Panamá, Cidade do Panamá-Panamá, Golfito-Costa Rica, David-Panamá, Cidade do Panamá-Panamá, Canal do Panamá-Panamá, Colón-Panamá, El Provenir(Arquipélago San Blas)-Panamá, Sapzurro-Colombia, Cartagena-Colombia, Puerto Cabello-Venezuela, El Tigre-Venezuela, Santa Helena de Uairen-Venezuela, Boa Vista-Brasil, Manaus-Brasil, Cidade do Panamá-Panamá, Cartagena-Colombia, Isla Barú-Colombia, Arquipélago San Bernardo Del Viento, Colombia, Sapzurro-Colombia, Puerto Olbadia-Panamá, Arquipélago San Blás-Panamá, Colón-Panamá, Canal do Panamá e Cidade do Panamá-Panamá, onde nos encontramos agora(13.11.2011).

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Parque Nacional de Coiba














O Parque Nacional de Coiba, nessas imagens, ganha vida própria e fala por si. Um dos lugares mais fantásticos que já estivemos. Comparável e mais selvagem que Fernando de Noronha. Exótico e Nativo ao mesmo tempo. Inesquecível.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Robalos de Pedregal


Em mais uma maré de quarto. Garantimos a pescaria, desta vez doada integralmente aos nossos amigos de Pedregal, especialmente ao Rogélio (aqui é assim mesmo que se escreve), que também pratica a pesca-sub e perdeu tudo o que tinha recentemente, segundo ele, por uma bruxaria que fizeram pra ele. Doamos também uma roupa, um arpão, uma carretilha e um par de nadadeiras. Ele que pesca para sobreviver, está começando tudo do zero. Mais um amigo, mais uma estória...Bruxaria???Quem sabe???

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Pescadas Amarelas na Maré de Quarto.

Perseguimos as pescadas amarelas desde nossa primeira viagem pelo Brasil. A cada mercado de peixe, um encontro mais apreciado. Todas lindas, deitadas nas bancadas, imponentes. Um peixe muito apreciado pela culinária do Brasil até aqui no Panamá. Aqui tivemos nossos primeiros encontros imediatos sub. Mais lindas ainda, nadando em cardume...

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Brasil Cristalindoooo!!!

Sushi


Cozinha


Nossa cama...


Será que cabe!??? Nossa mudança para o barco


Pescadas de 15kg




Sujo!???



O Brasil Cristalino está na esquerda...hehehe


Eu, Du e capitão Dennis, fomos até Golfito de carro buscar o barco, ele veio em cima de um navio de San Diego. No dia seguinte, fomos até a Marina ansiosos para vê-lo, mas ele ainda estava em cima do navio.
Quando pegamos o barco, ele estava muito sujo, com muitos cocôs de passarinhos. Então, fomos para a Marina lavá-lo. Depois de tudo pronto, partimos para porto de Pedregal, passando algumas horas de navegação, a transmissão de um dos motores deu problema e tivemos que continuar somente com um. Tínhamos combinado com um prático de Pedregal para que ele nos guiasse até a Marina, pois o riozinho que ligava o mar até o Porto tinha muitas pedras rasas.
Com o imprevisto do motor acabamos chegando `as 2h da manhã na Marina, esta navegação foi muito tensa, pois eu e o Du estávamos olhando no GPS e `as vezes parecia que íamos bater nas pedras. Mas graças a Deus, ao prático Rogerin e ao capitão chegamos bem.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Contagem Regressiva para a chegada do barco!


Enquanto o barco que compramos em San Diego não chega, aproveitamos para tirar a licença de Capitão Internacional, isto serve para pilotar o barco em águas estrangeiras.
Uma vez um amigo que morou aqui, falou muito mal dos panamenhos... e a gente não concordou porque não se pode generalizar as pessoas. Agora que estamos aqui quase 3 meses, constatamos que muitos deles não cumprem com a palavra e/ou mentem. Um exemplo, pagamos um curso de capitão com aulas praticas e teóricas. Só tivemos aulas teóricas e quando chegaram as carteirinhas, a minha não era para Capitão, era para Patrono de Yate. Pelo que eu percebi eles sempre tentam tirar vantagens em cima dos estrangeiros.
Outro detalhe, reparei que sempre que recebi um serviço bem feito, a pessoa era colombiana.
Ah, mais uma coisa só, achamos que tínhamos feito amigos aqui, pois muitos eram amáveis e estavam nos ajudando a procurar barcos... era só interesse de ganhar comissão em cima da gente!

domingo, 17 de abril de 2011

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Morro Negrito - um bonito lugar, pena que mal administrado




Jade, surfista gente boa. Fomos rebocados para Ilha Coiba





Meu pargo e pescada do Du








Tivemos a difícil tarefa de decidir onde começar a pescar no Panamá. Como não podemos gastar US$ 1000,00 por pescaria, escolhemos um acampamento de surf e pesca submarina: Morro Negrito surf camp.
Logo no primeiro dia de pesca nos levaram para as Ilhas Contreras, vimos cardumes de barracudas grandes, pargos - denton (vermelho caranha), xaréus brancos. O único problema é que o lugar faz parte do Parque Nacional de Coiba e nós não fazíamos a menor idéia.
Na primeira meia hora de mergulho o Du capturou um pargo de 20kg, quando ele subiu no barco para tirar uma foto, uma lancha grande veio a nossa direção. Cinco homens nos abordaram dizendo que ali não se podia pescar de arpão e que tínhamos que ir com eles até a administração do parque que se localizava na Ilha Coiba. Quatro deles faziam parte de uma ONG Mar Viva e um era o guarda parque, na verdade eles não sabiam o que tinham que fazer, então resolveram nos levar até a Coiba.
Demorou 2h até chegarmos a ilha, fomos recebidos por um policial que pegou nossos arpões que tínhamos acabado de comprar na Cidade do Panamá e também pegou o peixe, e nos levou até o chefe.
Explicamos o mal entendido, mas não teve jeito, retiveram a lancha e os arpões. E o pior é que tivemos que passar uma noite lá porque já era tarde e não tinha ninguém para nos levar de volta. Aí eu fiquei nervosa e disse que tinha que tomar medicamentos (de mentirinha), mas não adiantou nada. O duro é que estávamos somente com roupas de mergulho e mais nada.
Havia uma moça passando uns dias por lá e ela foi super gentil me emprestando roupas, xampoo...etc
No dia seguinte nos levaram para o acampamento. Todos estavam super preocupados, pois não tínham notícias nossas desde o dia anterior. Na noite anterior, eles ficaram procurando por nós nas Ilhas Contreras.
Ficamos mais 6 dias neste acampamento, agora pescando onde se podia. No terceiro dia fomos para as Ilhas Secas em dois barcos, junto com a galera do surf. Nestas Ilhas eu pesquei um pargo de 10kg e o Du um xaréu de 7kg, mas vimos barracudas e um wahoo de uns 25kg.
O dono do acampamento é um americano que vive nos EUA. Sorte nossa que ele estava para chegar e quando ele chegou foi com o Du tentar retirar os equipamentos retidos. Neste dia depois de muitas conversas com o pessoal da ANAM, resolveram dar uma multa de US$ 1500,00 para liberar o equipamento. É claro que a culpa era toda do dono, que nos mandou um guia que não conhecia bem os lugares, e que também não sabia que Contreras não se podia pescar. Detalhe, este guia é peruano, vive na Argentina e estava somente um mês lá, apesar de ser muito gente fina.
No dia seguinte, com a multa já paga o Du, o dono e mais 2 empregados foram a Coiba retirar a lancha e os arpões.
Na noite anterior chegou um guia de pesca no acampamento, era John, um senhor de 62 anos que veio dos EUA. Ele me chamou para pescar e pela primeira vez, com o incentivo do , fui pescar com alguém que não conhecia e sem meu parceiro.
Resultado, capturei algumas serras na Ilha Silva de Afuera e ao meio dia, em uma troca de ponto, o motor da lancha deu pau. Ficamos presos na Ilha, sem rádio, mais uma irresponsabilidade dos guias e do pessoal do acampamento, dessa vez de um outro guia, que apesar de muito experiente com relação ao local, não parece ter tido qualquer treinamento.
O voltou de Coiba com os arpões, depois de uma viagem cansativa, pois os dois motores do barco em que foram também deram pau e voltaram falhando desde a metade da viagem de volta.
Quando eram 6 e meia e o último grupo de surfistas regressou, ele e outro guia subiram no barco e foram em direção a Ilha em que estávamos, supondo ser o único lugar em que pudéssemos estar.
Foi um alívio ouvir a voz dele depois de tantas horas e em meio ao breu que já cobria a ilha. Naquele dia as ondas ficaram mais altas e a travessia de volta foi também estressante, pois tivemos que rebocar o barco de volta.
No outro dia acordamos bem cedo e nos levaram de volta a terra, onde, Graças a Deus nosso carro estava bem e pudemos ir para a Cidade Do Panamá para uma Feira Náutica.
A feira foi muito pequena e com poucos barcos a exposição, mas fizemos alguns contatos e eu pude comprar minha primeira arma de pesca submarina, uma Riffe linda, com a qual farei belas capturas.




segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

San Blas, Panamá













Lagostas













Peguei um pargo colorado de 6kg!!!













El Porvenir, onde se faz a aduana com os Índios Kuna

























Xaréu e Cioba

















































San Blas é um arquipélago com 378 ilhas, sendo 49 habitadas pelos índios Kuna. Partimos de Cartagena num veleiro de 36 pés, com o capitão Pablo e o ajudante Poli. Foram 37 horas de travessia oceânica até chegarmos numa ilha parasidíaca chamada Holandesa, que não era habitada.
A travessia não foi fácil, eu e o Du tivemos que tomar dramin para não enjoarmos e conseguirmos dormir. Quando dormíamos, o barco deu uma adernada daquelas com um super barulho, eu pensei que estávamos naufragando. Graças a Deus só foi uma manobra devido ao vento forte.
Logo que chegamos na Ilha Holandesa eu, Du e Poli fomos praticar a pesca submarina só para variar...rs, vimos muitos peixes grandes como pargo negro, pargo colorado, barracuda, xaréu e também lagostas. O Du mandou "bala" e garantiu o nosso jantar, eu não pesquei nada, errei um pargo negro (caranha) e Poli pegou algumas lagostas.
No dia seguinte fomos para outra Ilha, Cayo Sur, o lugar era lindo, mas já era habitado. Notamos que tinha diminuído a quantidade de peixes e também se via muito lixo no fundo do mar. Novamente fomos pescar e ai eu peguei meu pargo colorado...hehehe
No quinto dia fomos a El Porvenir, onde os índios Kuna fazem a aduana de entrada no Panamá e também necessitávamos comprar gelo.
Galera, quem pensa em fazer uma travessia oceânica de veleiro tem que estar preparado, porque não é fácil. É difícil de dormir sem estar num abrigado, comer e tomar banho nem se fala. E quem enjoa só de navegar um pouquinho, pode ter certeza de que vai enjoar muito se não tomar um remédio. Este veleiro costuma levar 6 turistas e 2 tripulantes, cobrando em média US$ 400,00 mas deve ser muito desconfortável, pois achei que foi na medida para nós quatro.
Quanto ao atendimento de Poli e Pablo estão de parabéns, nos deu tratamento VIP. E agradecemos a Felipe, dono do Veleiro Kanuwa, que nos levou até lá.
Finalizamos nossa estadia em San Blas acordando assustados com a tripulação conversando com o barqueiro que nos levaria a Miramar, duas horas de lancha rápida, não tão rápida e que bateu muito até chegar lá. Depois mais duas horas de carro até Colon, porto onde recuperaremos nosso carro, até o momento dentro de um container.